A IMAGO DEI DO LIVRO "A CABANA"

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“Nós amamos porque Ele nos amou primeiro” (1João 4:19)

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sta missiva tem por objetivo sintetizar a narrativa do livro A Cabana, apresentando aos leitores  os principais aspectos acerca do amor de Deus, do livre arbítrio e da angústia que precisamos enfrentar ao longo da vida. A partir destes temas o autor[1] desenvolve o romance com surpreendentes conversas sobre vida, morte, dor, perdão, fé, amor e redenção. 



Não irei julgar se a história narrada no livro é verdadeira ou não, isso ficará a cargo de cada leitor do livro. Tampouco, irei teologizar. O autor intitula uma Grande Tristeza, como sendo algo melancólico, a qual retira do personagem, Mack, o status do bem viver, motivada por uma perda de um ente querido. E é com este sentimento que Mack aumenta a fenda no relacionamento com Deus, sem se dar conta disso. Percebe que suas orações e os hinos dos domingos não serviam mais, se é que já havia servido. Sua espiritualidade adquirida no seminário, não parecia mudar nada na vida das pessoas que ele conhecia. Mack estava farto de Deus e de toda a religiosidade, oriunda dos pequenos clubes sociais religiosos. Sem respostas para o enfrentamento do problema que o assolava, Mack, estranhamente tentado em descobrir, quem lhe havia enviado um bilhete, decide voltar para o local que gerou a Grande Tristeza, sem saber que conseguiria muito mais do que pedia. Confuso, parte dele quer acreditar que Deus se importa com ele a ponto de enviar-lhe um bilhete. Na cabana, Mack encontra Deus, que de pronto o chama pelo nome e diz que o ama. Ele sente a presença do amor. Era quente, convidativo e derretia tudo. Reunindo forças para evitar cair na Grande Tristeza, deparou-se ainda com outras duas pessoas no interior da cabana, que ficara sabendo mais tarde, se tratar de Jesus e do Espírito Santo. Jesus aproximou-se, tocou no ombro de Mack, beijou-o nas faces e o abraçou com força. Percebendo, Mack, instantaneamente que gostava dele. Deus diz a Mack que se o deixasse, Ele seria o pai que ele nunca teve. Mesmo com tanta demonstração de amor, Mack ainda estava envolto pela Grande Tristeza. Deus continua falando do Seu amor para Mack, incluindo a natureza da própria liberdade, a qual é um processo de crescimento. Deus lembra que os homens estão amarrados pela existência de doenças da alma que os inibem, as influências sociais, os hábitos que criaram elos. Há ainda os anúncios, as propagandas e os paradigmas. Declarando para Mack que só Ele poderá libertá-lo, mas a liberdade não pode ser forçada. E continuou dizendo, a verdade irá libertá-lo, e a verdade tem nome. E a liberdade é um processo que acontece dentro de um relacionamento com Ele, a saber, Jesus. Salientou que Mack fora criado para ser amado, assim, viver como se não fosse amado é uma limitação. É como cortar as nossas asas e nos impedir de voar. E, se essa situação persistir por muito tempo, você quase pode esquecer que foi criado originalmente para voar. Afirmando que a dor tem a capacidade de cortar nossas asas e nos impedir de voar. Quando a Trindade penetrou na natureza humana sob a forma do Filho de Deus, tornando-se totalmente humano. Ainda que por natureza Jesus seja totalmente Deus, ele é totalmente humano e vive como tal. Por isso seu nome é Emanuel, Deus conosco, ou Deus com vocês, para ser mais exato. Apesar D’ele ser também totalmente Deus, nunca aproveitou sua natureza divina para fazer nada. Apenas viveu seu relacionamento comigo do modo como eu desejo que cada ser humano viva. Ele foi simplesmente o primeiro a levar isso até as últimas instâncias: o primeiro a colocar minha vida dentro dele, o primeiro a acreditar no meu amor e na minha bondade, sem considerar aparências ou conseqüências. Jesus, como ser humano, não tinha poder para curar ninguém. Só enquanto ele repousava em seu relacionamento comigo e em nossa comunhão, nossa comum-união, ele se tornava capaz de expressar meu coração e minha vontade em qualquer circunstância determinada. Lembre-se disso: os seres humanos não são definidos por suas limitações, e sim pelas intenções que tenho para eles. Não pelo que parecem ser, mas por tudo que significa ser criado à minha imagem. Amor e relacionamento – continuou Deus. – Todo amor e relacionamento só são possíveis para vocês porque já existem dentro de Mim, dentro do próprio Deus. O amor não é a limitação. O amor é o vôo. Eu sou o amor. Os relacionamentos não têm nada a ver com poder. Nunca! E um modo de evitar a vontade de exercer poder é escolher se limitar e servir.

Durante toda a permanência de Mack na cabana, ele foi atraído pelo relacionamento da Trindade. Nunca tinha visto três pessoas compartilharem sentimentos com tamanha simplicidade e beleza. Cada um parecia mais interessado nos outros do que em si mesmo. Os humanos estão tão perdidos e estragados que é quase incompreensível que as pessoas possam trabalhar ou viver juntas sem que alguém esteja no comando. Qualquer instituição humana, desde as políticas até as empresariais, até mesmo o casamento, é governada por esse tipo de pensamento. Esse é um dos motivos pelos quais é tão difícil para os humanos experimentar o verdadeiro relacionamento. Assim que montam uma hierarquia, precisam de regras para protegê-la e administrá-la, e então precisam de leis e da aplicação das leis, e acabam criando algum tipo de cadeia de comando que destrói o relacionamento, em vez de promovê-lo. Raramente vivem o relacionamento fora do poder. A hierarquia impõe leis e regras e os humanos acabam perdendo a maravilha do relacionamento que a Trindade pretende para nós. Quando escolhemos a independência nos relacionamentos tornam-se perigosos uns para os outros. As pessoas se tornam objetos a serem manipulados ou administrados para a felicidade de alguém. A autoridade, como vocês geralmente pensam nela, é meramente a desculpa que o forte usa para fazer com que os outros se sujeitem ao que ele quer. A Criação foi levada por um caminho muito diferente daquele que Deus desejou. Como glória máxima da Criação, o homem foi feito à imagem de Deus. Se realmente tivessem aprendido a considerar que as preocupações dos outros têm tanto valor quanto as suas, não haveria necessidade de hierarquia. Os humanos foram criados, para estarem num relacionamento de igual para igual com a Trindade e para se juntarem ao círculo de amor de Deus. Por mais difícil que seja entender isso, tudo que aconteceu está ocorrendo exatamente segundo esse propósito, sem violar qualquer escolha ou vontade. Nesse diapasão, Deus com ternura, declara que há milhões de motivos para permitir a dor, a mágoa e o sofrimento, em vez de erradicá-los, mas a maioria desses motivos só pode ser entendida dentro da história de cada pessoa. Eu não sou mau. Vocês é que abraçam o medo, a dor, o poder e os direitos em seus relacionamentos. Mas suas escolhas também não são mais fortes do que os meus propósitos, e eu usarei cada escolha que vocês fizerem para o bem final e para o resultado mais amoroso. Você vê a dor e a morte como males definitivos, e Deus como o traidor definitivo, ou talvez, na melhor das hipóteses, como fundamentalmente indigno de confiança. Você dita os termos, julga meus atos e me declara culpado. Deus continua – você não pode "produzir" confiança, assim como não pode "fazer" humildade. Ela existe ou não. A confiança é fruto de um relacionamento em que você sabe que é amado. Como não sabe que eu o amo, não pode confiar em mim. O espírito Santo faz uma pergunta para Mack: Quando algo lhe acontece, como você determina se é uma coisa boa ou ruim? E a resposta de Mack foi bem subjetiva, ou seja, algo só é bom quando ele gosta ou se sente bem, em segurança. Por outro lado, uma coisa é ruim quando lhe causa dor ou lhe custa algo. O Espírito interrompeu o pensamento de Mack, dizendo. Então é você quem determina o que é bom e o que é ruim. Você se torna o juiz. E, para tornar as coisas ainda mais confusas, aquilo que você determina que seja bom acaba mudando com o tempo e as circunstâncias. E, pior ainda, há bilhões de vocês, cada um determinando o que é bom e o que é ruim. Assim, quando o seu bom e o seu ruim se chocam com os do vizinho, seguem-se brigas, discussões e até guerras. A escolha de comer da árvore do conhecimento do bem e do mal rasgou o universo, divorciando o espiritual do físico. Eles morreram expelindo no hálito de sua escolha o próprio hálito de Deus. Eu diria que isso é um problema! Lembre-se. Isso permite que vocês brinquem de Deus em sua independência. Por essa razão, uma parte de vocês prefere não me ver. E vocês não precisam de mim para criar sua lista do que é bom e ruim. Mas precisam de mim se tiverem qualquer desejo de parar com essa ânsia tão insana de independência. Para consertar tudo isso, você deve desistir de seu direito de decidir o que é bom e ruim e escolher viver apenas em mim. É um comprimido difícil de engolir. Para isso você deve me conhecer o bastante, a ponto de confiar em min e aprender a se entregar à minha bondade inerente, o mal é uma palavra que usamos para descrever a ausência de Deus, assim como usamos a palavra escuridão para descrever a ausência de Luz, ou morte para descrever a ausência de Vida. Tanto o mal quanto a escuridão só podem ser entendidos em relação à Luz e ao Bem. Eles não têm existência real. Eu sou a Luz e eu sou o Bem. Sou Amor e não há escuridão em mim. A Luz e o Bem existem realmente. Assim, afastar-se de mim irá mergulhar você na escuridão. Declarar independência resultará no mal, porque, separado de mim, você só pode contar consigo mesmo. Isso é morte, porque você se separou de mim, que sou a Vida. Jesus descreve a imagem da sua noiva, como sendo a Igreja: indivíduos que juntos formam uma cidade espiritual com um rio vivo fluindo no meio e nas duas margens árvores crescendo com frutos que curam as feridas e os sofrimentos das nações. Essa cidade está sempre aberta e cada portão que dá acesso a ela é feito de uma única pérola... Que é Ele próprio. Pérolas, a única pedra preciosa feita de dor, sofrimento e, finalmente, morte. Mack ouvindo isso, logo disse que não conhecia essa igreja. E que não era certamente o lugar aonde ele ia aos domingos. Jesus completa o pensamento de Mack, dizendo que ele estaria vendo a instituição, que é um sistema feito pelo ser humano. Não foi isso que eu vim construir. O que vejo são as pessoas e suas vidas, uma comunidade que vive e respira, feita de todos que me amam, e não de prédios, regras e programas. Essa é uma ocupação dos que querem brincar de Deus. Portanto, não, não gosto muito de religiões e também não gosto de política nem de economia. É a trindade de terrores criada pelo ser humano que assola a Terra e engana aqueles de quem eu gosto. Quantos tormentos e ansiedades relacionados a uma dessas três coisas as pessoas enfrentam! Falando de modo simples, religião, política e economia são ferramentas terríveis que muitos usam para sustentar suas ilusões de segurança e controle. As pessoas têm medo da incerteza, do futuro. Essas instituições, essas estruturas e ideologias são um esforço inútil de criar algum sentimento de certeza e segurança onde nada disso existe. É tudo falso! Os sistemas não podem oferecer segurança. Só Jesus pode. Neste momento Mack pergunta para Jesus: É isso que significa ser cristão? Os que amam Jesus estão em todos os sistemas que existem. São budistas ou mórmons, batistas ou muçulmanos, democratas, republicanos e muitos que não votam nem fazem parte de qualquer instituição religiosa. As pessoas que me conhecem são aquelas que estão livres para viver e amar sem qualquer compromisso. Tenho seguidores que foram assassinos e muitos que eram hipócritas. Há banqueiros, jogadores, americanos e iraquianos, judeus palestinos. Não tenho desejo de torná-los cristãos, mas quero me juntar a eles em seu processo para se transformarem em filhos e filhas de Deus, em irmãos e irmãs, em meus amados. Isso significa que todas as estradas levam a você? De jeito nenhum - sorriu Jesus. — A maioria das estradas não leva a lugar nenhum. O que isso significa é que eu viajarei por qualquer estrada para encontrar vocês. A religião tem a ver com respostas certas e algumas dessas respostas são de fato certas. Mas eu tenho a ver com o processo que leva você à resposta viva, e só Ele é capaz de mudá-lo por dentro. Há muitas pessoas inteligentes que dizem um monte de coisas certas a partir do cérebro porque aprenderam com alguém quais são as respostas certas. Mas essas pessoas não me conhecem. Assim, na verdade, como as respostas delas podem ser certas, mesmo que estejam certas? Mas pode ter certeza: mesmo que possam estar certas, elas estão erradas. A capacidade de Jesus se comunicar é ilimitada, vivendo e transformando, e tudo isso sempre estará sintonizado com a bondade e o amor de Deus. E você irá me ouvir e me ver na Bíblia de modos novos. Simplesmente não procure regras e princípios. Procure o relacionamento: um modo de estar conosco (Trindade).

Jesus entabula novo diálogo com Mack –  Por que você acha que nós criamos os Dez Mandamentos?

— Acho, pelo menos foi o que me ensinaram, que é um conjunto de regras que vocês esperavam que os humanos obedecessem para viver com retidão e em estado de graça perante vocês.

— Se isso fosse verdade, e não é - respondeu o Espírito Santo -, quantos você acha que viveram com retidão suficiente para entrar em nossas boas graças?

— Não muitos, se as pessoas são como eu.

— Na verdade, só um conseguiu: Jesus. Ele obedeceu à letra da lei e realizou completamente o espírito dela. Mas entenda, Mackenzie: para fazer isso, ele teve de confiar totalmente em mim e depender totalmente de mim.

— Então por que vocês nos deram esses mandamentos?

— Na verdade, queríamos que vocês desistissem de tentar ser justos sozinhos. Era um espelho para revelar como o rosto fica imundo quando se vive com independência.

— Mas tenho certeza de que vocês sabem que há muitos que acham que se tornam justos seguindo as regras.

— Mas é possível limpar o rosto com o mesmo espelho que mostra como você está sujo? Não há misericórdia nem graça nas regras, nem mesmo para um erro. Por isso Jesus realizou todas elas por vocês, para que elas não tivessem mais poder sobre vocês.

— Mas tenha em mente que, se você viver sua vida sozinho e de forma independente, a promessa é vazia. Jesus afastou a exigência da lei. Ela não tem mais poder de acusar ou comandar. Jesus é a promessa e o cumprimento. Em Jesus você não está sob nenhuma lei. Todas as coisas são legítimas. Só têm medo da liberdade os que não podem confiar que nós vivemos neles. Tentar manter a lei é na verdade uma declaração de independência, um modo de manter o controle. Ela dá o poder de julgar os outros e de se sentir superior a eles. Vocês acreditam que estão vivendo num padrão mais elevado do que aqueles a quem vocês julgam. Aplicar regras, sobretudo em suas expressões mais sutis, como responsabilidade e expectativa, é uma tentativa inútil de criar a certeza a partir da incerteza. E, ao contrário do que você possa pensar, eu gosto demais da incerteza. As regras não podem trazer a liberdade. Elas só têm o poder de acusar. E o Espírito Santo continua a conversa com Mack – sou mais ligado a verbos do que a substantivos. Verbos como confessar, arrepender-se, viver, amar, responder, crescer, colher, mudar, semear, correr, dançar, cantar e assim por diante. Os humanos, por outro lado, gostam de pegar um verbo vivo e cheio de graça e transformá-lo num substantivo ou num princípio morto que fede a regras. Os substantivos existem porque existe um universo criado e uma realidade física, mas, se o universo for apenas uma massa de substantivos, ele está morto. A não ser "eu sou", não existem verbos e os verbos são o que torna o universo vivo. E continuou: para que alguma coisa se mova da morte para a vida, você precisa colocar algo vivo e móvel na mistura. Passar de uma coisa que é apenas um substantivo para algo dinâmico e imprevisível, para algo vivo e no tempo presente - um verbo -, é mover-se da lei para a graça. Posso dar alguns exemplos? Então vamos usar suas duas palavras: responsabilidade e expectativa. Antes que suas palavras se tornassem substantivos, eram nomes que continham movimento e experiência: a capacidade de reagir e a prontidão. Minhas palavras são vivas e dinâmicas, cheias de vida e possibilidades. As suas são mortas, cheias de leis, medo e julgamento. Por isso você não encontrará a palavra responsabilidade nas Escrituras. A religião usa a lei para ganhar força e controlar as pessoas de que precisa para sobreviver. Eu, ao contrário, dou a capacidade de reagir e sua reação é estar livre para amar e servir em todas as situações. Por isso, cada momento é diferente, único e maravilhoso. Como sou sua capacidade de reagir livremente, tenho de estar presente em vocês. Se eu simplesmente lhes desse uma responsabilidade, não teria de estar com vocês. A responsabilidade seria uma tarefa a realizar, uma obrigação a cumprir, algo para vencer ou fracassar. Eu não quero simplesmente um pedaço de você e da sua vida. Mesmo que você pudesse, e não pode, me dar o pedaço maior, não é isso que eu quero. Quero você inteiro e todas as partes de você e de seu dia. Jesus fala novamente. — Mack, não quero ser o primeiro numa lista de valores. Quero estar no centro de tudo. Quando vivo em você, podemos viver juntos tudo que acontece com você. Em vez de uma pirâmide, quero ser como centro de um móbile, onde tudo em sua vida - seus amigos, sua família, seu trabalho, os pensamentos, as atividades - esteja ligado a mim, mas se movimente ao vento, para dentro e para fora, para trás e para frente, numa incrível dança do ser. Quanto ao perdão, Deus fala: Perdoar não significa esquecer, Mack. Significa soltar a garganta da outra pessoa. O perdão não estabelece um relacionamento. Em Jesus eu perdoei todos os humanos por seus pecados contra mim, mas só alguns escolheram relacionar-se comigo. Mack, você não vê que o perdão é um poder incrível, um poder que você compartilha conosco, um poder que Jesus dá a todos em quem ele reside, para que a reconciliação possa crescer? Quando Jesus perdoou os que o pregaram à cruz, eles deixaram de dever qualquer coisa, tanto a ele quanto a Mim. No meu relacionamento com aqueles homens, jamais falarei do que eles fizeram: nem irei envergonhá-los ou constrangê-los. O perdão existe em primeiro lugar para aquele que perdoa, para liberá-lo de algo que vai destruí-lo, que vai acabar com sua alegria e capacidade de amar integral e abertamente. Você acha que o homem que lhe causou dor e tormento se importa? No mínimo ele se alimenta com seu sofrimento. Você não quer cortar isso? Ao fazê-lo, irá libertar o homem de um fardo que ele carrega, quer saiba ou não, quer reconheça ou não. Quando você opta por perdoar o outro, você o ama melhor. A não ser que as pessoas falem a verdade sobre o que fizeram e mudem a mente e o comportamento, não é possível um relacionamento de confiança. Quando você perdoa alguém, certamente liberta essa pessoa do julgamento, mas, se não houver uma verdadeira mudança, não pode ser estabelecido nenhum relacionamento verdadeiro. O perdão não exige de modo algum que você confie naquele a quem perdoou. Mas, caso essa pessoa finalmente confesse e se arrependa, você descobrirá em seu coração um milagre que irá lhe permitir estender a mão e começar a construir uma ponte de reconciliação entre os dois. Algumas vezes, e isso talvez pareça incompreensível para você agora, essa estrada pode até mesmo levar ao milagre da confiança totalmente restaurada. Ele causou uma dor tremenda a muitas pessoas. Isso é errado e a raiva é a resposta certa para algo tão errado. Mas não deixe que a raiva, a dor e a perda que você sente o impeçam de perdoar e de tirar as mãos do pescoço dele. Bom, isso é o que eu tinha a destacar do livro. Indico esta surpreendente leitura.
Soli Deo Gloria – “A Deus somente, a glória”         
  
Bibliografia:
- YOUNG, William P. A Cabana. Tradução Alves Calado. Rio de Janeiro: Sextante, 2008. 240 p.
 

[1] William P. Young , natural de Alberta, no Canadá. Formou-se em Religião em Oregon, nos Estados Unidos. Escritor do livro A Cabana, o qual ficou em primeiro lugar na lista dos mais vendidos do The New York Times. O livro conta a história de um personagem que durante uma viagem de final de semana, tem a sua filha  mais nova raptada, e evidências encontradas em uma velha cabana, indicam que ela  teria sido brutalmente  assassinada. Após quatro anos de uma Grande Tristeza causada pela culpa e saudade, ele recebe um estranho bilhete, aparentemente escrito por Deus, convidando-o a voltar a cabana onde aconteceu a tragédia. Desconfiado ele vai até o local. Mas o que ele encontra lá muda o seu destino para sempre. Em um mundo cruel e injusto. A cabana levanta um questionamento atemporal: se Deus é tão poderoso, por que não faz nada para amenizar o nosso sofrimento? Intenso, sensível e profundamente transformador, o livro A Cabana  vai fazer você refletir sobre o poder de Deus, a grandeza de seu amor por nós e o sentido de todo o sofrimento que precisamos enfrentar ao longo da vida.
Sobre o Autor:
Lucas Estevam
Policial Militar, Cristão de confissão evangélica, desigrejado, Bacharel em Teologia pela Faculdade de Teologia da Universidade Metodista de São Paulo - UMESP, Bacharelando em Direito pela Universidade Bandeirante de São Paulo - UNIBAN e Tecnólogo de Polícia Ostensiva e Preservação da Ordem Pública I e II, pela Escola Superior de Sargentos - ESSgt da PMESP. Estou me preparando para servir melhor a Deus, me dispondo a romper as barreiras entre o indivíduo e a sociedade, procurando analisar as relações e inter-relações entre os indivíduos, grupo sociais e contexto social. Propiciar atenção as pessoas em geral que estejam carentes de serem ouvidas, independente de sua confissão religiosa e apresentar a verdade cristã de forma simples e acessível a quem tiver interesse. Sou casado com Maria Helena, tenho um filho de 18 anos, o Lucas Júnior.

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